segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ministério Público do Pará acusava vereador de Almeirim de apropriar-se indevidamente de R$ 250 mil

Corrupção
Esquema forja vários contracheques para o empréstimo de dinheiro por laranjas
EVANDRO FLEXA JR
Da Redação
Um esquema de inclusão de funcionários fantasmas na Câmara Municipal de Almeirim praticado entre os anos de 2009 e 2010 resultou na apropriação indevida de aproximadamente R$ 250 mil pelo ex-presidente da Casa, o vereador Antonio Francisco de Souza Jambu (PMDB). A fraude consistia em criar documentos fictícios, como nomeações e contracheques de pessoas que nunca foram funcionários da Casa, com o intuito de obter empréstimos consignados juntos ao Banco do Brasil. Após liberado, o recurso era dividido entre o ex-presidente da Câmara e o servidor fantasma, ficando a dívida na inadimplência.
Entre os envolvidos no esquema estão servidores, prestadores de serviços, contadores, além de eleitores do município de Almeirim - localizado na região do Baixo Amazonas -, que serviam de laranja para acobertar o procedimento irregular. Pelo menos dez casos chegaram à Promotoria de Justiça do município, de pessoas que teriam contraído empréstimos consignados pela Câmara dos Vereadores local, sem nunca terem sido nomeadas funcionárias da Casa. Entre eles está o jovem estudante Rair Silva dos Santos, que contraiu uma dívida consignada no valor de R$ 21 mil, sem jamais bater o ponto na Câmara.
Mesmo em idade escolar, Rair Santos ocupou o cargo de Procurador Legislativo, no Departamento de Assessoria Especial da Câmara de Almeirim. Em um dos contracheques utilizado pelo suposto servidor, aparece no campo "data de admissão" o dia 01 de abril de 2010. Levantada a folha de pagamento da Casa, no período de abril a setembro de 2010, o salário de Rair Santos no mês de admissão era de R$ 2.736,58. Porém, no hollerith utilizado para contrair o empréstimo, o funcionário apresenta um salário líquido de R$ 3.032,78, referente ao mesmo mês de abril de 2010. A falsa renda do estudante foi ampliada para aumentar a margem consignável de empréstimo.

Fonte: O Liberal

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